O e-commerce e o delivery, que ganharam força desde o começo da pandemia, cresceram ainda mais no último trimestre de 2020 e este cenário parece ser irreversível, já que os brasileiros passaram a confiar nesses canais emergentes de consumo, que também proporcionam conveniência.
No segundo trimestre do ano, a busca por prazer foi a principal motivação para quem aderiu às entregas em domicílio. Mas ao longo do ano, as razões passaram a ser conveniência e hábito.
As principais categorias foram fast food, que cresceu 62% durante o ano em comparação com 2019, doces (50%) e pizzas (345), impulsionadas pelo consumo sobretudo de crianças até 12 anos e adultos entre 25 e 34 anos.
Já o comércio eletrônico atraiu mais de 2,3 milhões de usuários somente no segundo semestre, registrando um aumento de 18,1 milhões de ocasiões de consumo, e terminou o ano alcançando 12,9% dos lares brasileiros. Sua penetração quase dobrou, passando de 5,4% no período de janeiro a junho para 9,4% entre julho e dezembro. O principal driver foi o aplicativo WhatsApp, responsável por 5% desses 9,4%, que criou uma nova realidade, facilitando ainda mais os pedidos.
As classes mais altas e os compradores mais maduros ainda são mais importantes para o universo online, porém o e-commerce se tornou mais democrático ao longo da pandemia, sendo adotado também pelas classes mais baixas e por shoppers mais jovens.
Dentro desse cenário, 7,5 milhões de domicílios compraram online bens de consumo massivo (FMCG) em 2020, e o tíquete médio também foi mais elevado do que nas compras offline: 18,4% maior, ou R$ 63,94). A cesta de bebidas foi o grande destaque em lealdade e a de alimentos ainda tem oportunidade de se desenvolver mais.