A pandemia de Covid-19 continua refletindo e transformando os hábitos em vários setores da sociedade, entre eles o de mobilidade urbana. Segundo o estudo Mobility Futures 2021: 'The Next Normal', lançado em maio, o volume de viagens para trabalho, lazer ou chegar a alguma instituição de ensino caiu 30% entre 2019 e 2020 globalmente. Em São Paulo, as viagens em geral foram reduzidas em 29% e os deslocamentos por conta de trabalho em 32%, mesmo número de Munique, na Alemanha. O transporte público foi a modalidade que mais sofreu impacto e teve redução global de 5,6% em volume de viagens.
A necessidade de trabalhar e, em alguns casos, estudar remotamente é a maior responsável pelas mudanças de mobilidade nas metrópoles. Entre as 9.500 pessoas entrevistadas em 13 capitais em fevereiro deste ano, 65% trabalham em regime home office e metade pretende continuar nesta dinâmica mesmo com a possibilidade de voltar aos escritórios em curto e médio prazos. Em São Paulo, 69% têm a chance de trabalhar em seus lares, 3º maior número das capitais avaliadas, e 52% planejam continuar assim. Mumbai, na Índia, é a cidade com porcentagem mais alta de profissionais trabalhando de casa (84%), seguida de Nova York (EUA) (70%). Nesses locais, 57% e 46% da população, respectivamente, planejam continuar neste regime no futuro. Pequim, na China, e Berlim e Munique, na Alemanha, são as cidades com menor número de pessoas trabalhando em casa: 45%, 56% e 59%, respectivamente.
Por conta dessas mudanças na rotina, a boa notícia é o crescimento do uso de meios de transporte saudáveis e sustentáveis. Caminhar lidera o ranking das modalidades que mais ganhou popularidade com a pandemia em todas as capitais e, junto das opções como bicicletas e patinetes, cresceu 3%. Na Europa, este número é ainda maior: 4,8%. Os Estados Unidos registram o menor impacto de meios de transporte saudáveis, com incremento de apenas 0.6%. Além de fazer bem para o corpo, outro efeito paralelo das novas escolhas é a redução da poluição, que, em alguns lugares, caiu a níveis pré-industriais.
Outra tendência positiva apontada pelo estudo é uma maior adesão ao "localismo", ou seja, pessoas que escolhem se deslocar distâncias mais curtas usando meios saudáveis. Em média, 15 minutos do raio de suas casas são suficientes para realizar atividades básicas, como compras de mercado, por exemplo.
Paralelamente o maior desafio em relação à mobilidade é o aumento da preferência ao uso de carros e as cidades precisam se atentar à infraestrutura, seja no controle de tráfego intenso ou quanto à emissão de poluentes. As medidas restritivas de distanciamento social e risco de contágio estão no centro desta motivação. Mas, as longas distâncias e uma cultura que tem o carro como principal meio de transporte também têm seu papel. Globalmente, a escolha do carro para fazer as viagens diárias cresceu 3,8%, ao mesmo tempo em que as iniciativas de compartilhamento de veículos, que vinham subindo gradativamente nos últimos anos, diminuíram 2,2%.
Na Europa, o uso do carro, geralmente levando apenas o motorista, aumentou 10% e a busca por transporte compartilhado caiu 14%. No entanto, mesmo com os veículos particulares sendo eleitos mais vezes, a intenção de comprar um novo caiu de 29% para 25% devido à reavaliação dos gastos das famílias. Por outro lado, aumentou o número de pessoas que planejam adquirir um bem elétrico.
Ao todo, o estudo avaliou as tendências de mobilidade urbana em 13 cidades: Berlim, Pequim, Mumbai, Bruxelas, Chicago, Copenhague, Londres, Madrid, Milão, Munique, Nova York, Paris e São Paulo.
A necessidade de trabalhar e, em alguns casos, estudar remotamente é a maior responsável pelas mudanças de mobilidade nas metrópoles. Entre as 9.500 pessoas entrevistadas em 13 capitais em fevereiro deste ano, 65% trabalham em regime home office e metade pretende continuar nesta dinâmica mesmo com a possibilidade de voltar aos escritórios em curto e médio prazos. Em São Paulo, 69% têm a chance de trabalhar em seus lares, 3º maior número das capitais avaliadas, e 52% planejam continuar assim. Mumbai, na Índia, é a cidade com porcentagem mais alta de profissionais trabalhando de casa (84%), seguida de Nova York (EUA) (70%). Nesses locais, 57% e 46% da população, respectivamente, planejam continuar neste regime no futuro. Pequim, na China, e Berlim e Munique, na Alemanha, são as cidades com menor número de pessoas trabalhando em casa: 45%, 56% e 59%, respectivamente.
Por conta dessas mudanças na rotina, a boa notícia é o crescimento do uso de meios de transporte saudáveis e sustentáveis. Caminhar lidera o ranking das modalidades que mais ganhou popularidade com a pandemia em todas as capitais e, junto das opções como bicicletas e patinetes, cresceu 3%. Na Europa, este número é ainda maior: 4,8%. Os Estados Unidos registram o menor impacto de meios de transporte saudáveis, com incremento de apenas 0.6%. Além de fazer bem para o corpo, outro efeito paralelo das novas escolhas é a redução da poluição, que, em alguns lugares, caiu a níveis pré-industriais.
Outra tendência positiva apontada pelo estudo é uma maior adesão ao "localismo", ou seja, pessoas que escolhem se deslocar distâncias mais curtas usando meios saudáveis. Em média, 15 minutos do raio de suas casas são suficientes para realizar atividades básicas, como compras de mercado, por exemplo.
Paralelamente o maior desafio em relação à mobilidade é o aumento da preferência ao uso de carros e as cidades precisam se atentar à infraestrutura, seja no controle de tráfego intenso ou quanto à emissão de poluentes. As medidas restritivas de distanciamento social e risco de contágio estão no centro desta motivação. Mas, as longas distâncias e uma cultura que tem o carro como principal meio de transporte também têm seu papel. Globalmente, a escolha do carro para fazer as viagens diárias cresceu 3,8%, ao mesmo tempo em que as iniciativas de compartilhamento de veículos, que vinham subindo gradativamente nos últimos anos, diminuíram 2,2%.
Na Europa, o uso do carro, geralmente levando apenas o motorista, aumentou 10% e a busca por transporte compartilhado caiu 14%. No entanto, mesmo com os veículos particulares sendo eleitos mais vezes, a intenção de comprar um novo caiu de 29% para 25% devido à reavaliação dos gastos das famílias. Por outro lado, aumentou o número de pessoas que planejam adquirir um bem elétrico.
Ao todo, o estudo avaliou as tendências de mobilidade urbana em 13 cidades: Berlim, Pequim, Mumbai, Bruxelas, Chicago, Copenhague, Londres, Madrid, Milão, Munique, Nova York, Paris e São Paulo.