Os próximos 10 anos serão marcados por uma mudança significativa nos hábitos de mobilidade dos paulistanos, colocando a cidade em terceiro lugar no índice Transforming Cities, do estudo Mobility Futures, da Kantar, atrás de Manchester e Moscou. Segundo a previsão, que analisou 31 metrópoles, mais de 5 milhões de residentes (21,4% da população) mudarão a maneira de viajar entre agora e 2030.
Nos próximos 10 anos, a Kantar projeta as seguintes mudanças nos modos de transporte:
• Transporte público: + 10%
• Caminhada: + 25%
• Bicicleta: + 47%
• Carro: -28%
São Paulo é uma das cidades mais congestionadas da América do Sul, dificultando a locomoção com eficiência. Mas, embora atualmente o transporte público represente uma parcela significativa das viagens, o sistema de transporte está superlotado, atrasado e com pouca conexão. Portanto, não é surpresa que mais pessoas se voltem para andar de bicicleta e caminhar sempre que possível.
Algumas medidas de infraestrutura estão em andamento, incluindo a extensão das linhas de metrô e trem. No entanto, os investimentos na infraestrutura da cidade estão desacelerando ultimamente, devido em parte à crise econômica no Brasil em 2015/2016 - e São Paulo pontua pobremente em nosso índice de cidades prontas para tecnologia. Portanto, não surpreende que os paulistanos tenham uma visão muito crítica de sua cidade e não tenham muita confiança em seu governo para entregar um futuro sustentável para a mobilidade.
Índices sobre futuro da mobilidade
A Kantar acaba de divulgar três índices que mostram as mudanças que 31 metrópoles do mundo irão passar nos próximos 10 anos.
Índice Transforming Cities: este índice avalia quanto o comportamento de mobilidade mudará em cada cidade nos próximos 10 anos. O ranking é baseado na mudança da proporção de viagens de carro, bicicleta, caminhada e transporte público. As cidades que apresentam o maior turno obtêm a pontuação mais alta, enquanto um índice de 100 representa a média global.
Índice de cidades tecnologicamente preparadas: este índice avalia como as cidades estão preparadas para moldar o futuro da mobilidade com base em vários fatores, como infraestrutura de pagamento digital, abertura para compartilhamento e veículos autônomos e PIB.
Índice de confiança do cidadão: este índice avalia quanta confiança os cidadãos têm em seus municípios para moldar ativamente um futuro mais sustentável para a mobilidade.