1. Tenha em mente que o consumo de FMCG hoje é mais racional
O aumento dos preços está levando os consumidores a escolher o que manter em seus carrinhos de compras ou reduzir despesas. Isso se reflete no crescimento do FMCG, que caiu e se estabilizou em um dígito após 12 meses de taxas de dois dígitos. Além disso, a frequência de compra estabilizou em níveis mais baixos vs. pré-pandemia.
O crescimento do valor de FMCG da América Latina atingiu 9% em 2021, mas vamos ver como os países e os níveis socioeconômicos (NSEs) racionalizam seu dinheiro para caber no bolso. O México está entre os países em que o consumo ainda está acima dos níveis pré-pandemia. O gasto com alimentos pelo NSE Baixo é o maior da região, e os consumidores estão mantendo sua compra padrão.
Por outro lado, Brasil, Colômbia e Argentina são os que mais sofrem com as pressões econômicas. No Brasil, que tem o menor gasto com Alimentação da região (USD), as famílias estão priorizando as refeições; enquanto na Colômbia e na Argentina os consumidores estão escolhendo o que vão manter no carrinho de compras.
2. Comprar online não sai de moda: aproveite as oportunidades
O canal digital acelerou sua presença em quase todos os países, enquanto a plataforma WhatsApp quase triplicou seu alcance em alguns mercados. O Online continua alcançando novos compradores em todos os níveis socioeconômicos.
Após dois anos de pandemia, 14% dos lares da região compram online.
No Chile esse índice se multiplicou oito vezes, enquanto o Brasil partiu do mesmo patamar em 2019 e apenas dobrou. O WhatsApp adiciona 8 pp a mais de penetração, até 22% em média, e em alguns países tem uma audiência significativa de usuários de perfil não digital, como na Argentina, Equador e Peru.
3. Pode ser hora de diversificar seu portfólio
Diferentes realidades econômicas significam diferentes respostas do consumidor. Diminuir o número de categorias e escolher opções mais econômicas são duas maneiras de racionalizar. Quanto mais impactado o país e o consumidor, mais se vê uma combinação dos dois.
Como na Colômbia e na Argentina, onde os compradores reduzirão o número de categorias, além de mudarem as marcas para opções mais acessíveis. No primeiro país as pessoas escolhem Marcas Próprias, no segundo mantêm o Premium, mas graças à política de Precios Cuidados – um programa especial de preços acordado entre o setor privado e o governo.
No Brasil, que tem o cenário intermediário, há um aumento de categorias, embora acompanhado por marcas de preços mais baixos.
4. Invista na sua percepção de acessibilidade
Na cesta de Alimentos, referência por sua relevância nos gastos das famílias, mais categorias aumentaram sua base de compradores. No total Latam, 64% dessas categorias são de NSE Baixo, bem como 59% de NSE Alto.
O que está por trás da tendência é que os consumidores estão incluindo proteínas mais baratas em seus carrinhos: Mortadela, Salsicha de cachorro-quente e Linguiça suína aumentaram sua base de compradores, enquanto categorias mais supérfluas, como Sobremesas e Bolos, perderam compradores.
5. Assuma a agenda verde da região e se destaque
Na Kantar, segmentamos os consumidores em três categorias: Eco Actives, Eco Considerers e Eco Dismissers. Eco Actives e Considerers são aqueles compradores que estão muito preocupados com o meio ambiente e estão tomando medidas para reduzir o desperdício, em diferentes extensões. Eles já representam 44% dos consumidores em nossa região.
No entanto, mais de um terço dos compradores não entende de reciclagem ou não consegue encontrar os rótulos relevantes nos produtos. Embora seja difícil abordar as opções locais de reciclagem, ações educativas mais claras, como rótulos e instruções, podem abordar a sustentabilidade e ter sucesso.
Esperamos que você tenha gostado desses insights. A Kantar pode ajudá-lo a se manter atualizado com as últimas tendências do mercado e alavancar sua marca! Fale com nossos especialistas