Na América Latina, Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, México, Peru e Uruguai já possuem a Lei de Rotulagem Nutricional para alimentos e bebidas. Há uma década assistimos à introdução gradual deste tipo de regulamentações e, com nossa experiência sobre o seu impacto na tomada de decisões de compra em cada país, chegamos a conclusões interessantes.
A norma que implementa selos frontais de advertência nas embalagens de diversos produtos tem como objetivo informar o consumidor sobre ingredientes que podem ser prejudiciais à saúde. E pelo que pudemos observar na tomada de decisão de compra, ela tem a sua eficácia.
Um de nossos dados aponta que quanto mais rótulos de advertência um produto tiver, menos ele será comprado. No Chile, por exemplo, a combinação de três selos – açúcar, sódio e gordura – provoca uma queda de 70% no volume de vendas. No México há uma perda de 8% de compradores de artigos com quatro rótulos.
Os rótulos também surpreendem os latino-americanos ao alertar sobre categorias que parecem saudáveis, mas não o são. O chá pronto, por exemplo, sofreu queda no consumo após rotulagem: -16% em volume no Equador (2014 vs. 2013) e -5% em penetração no México (2020 vs. 2019), o equivalente a mais de 1 milhão de domicílios.
Por outro lado, a Lei de Rotulagem influenciou as decisões de compra em direção a produtos que promovam a imagem de saudável. Em toda a América Latina, os refrigerantes light se tornam alternativas a fórmula tradicional, com um aumento de 16% na sua penetração nos últimos cinco anos – o que representa mais de 5 milhões de lares.
As informações mostram que a norma mudou o comportamento dos latino-americanos – e de forma positiva. Prova disso é que, no Equador, 69% dos consumidores prestam atenção aos rótulos de advertência. No Chile, o número é ainda maior: 74%.
Podemos contar como esses rótulos moldam as decisões de compra de alimentos, bebidas e laticínios, veja no infográfico. Também estamos ansiosos para trabalhar juntos nos impactos desse movimento na indústria!